MÁRIO GONÇALVES
UM DOS MELHORES DE SEMPRE!
Mário Gonçalves tirou um curso de Gestão em Inglaterra no final dos anos 60, tendo sido aí que se iniciou ao volante de um Mini, obtendo mesmo uma vitória na pista de Silverstone.
Em 71, vem esporadicamente a Portugal para participar no Circuito de Vila do Conde e, dada a sua fulgurante exibição contra máquinas muito mais dotadas de potência, se viu que haveria ali um nome com largo futuro.
Em 1972, regressando definitivamente a Portugal, participou no Nacional de Velocidade, Grupo 2, tendo vencido o Título, após luta até à última prova com o BMW 2002 Schnitzer de Mário Figueiredo.
Nesse ano e em algumas das provas apresentou um Mini de Grupo 5 com uma frente alterada, que foi na altura conhecido como "Mini Protótipo". O projecto foi abandonado após uma mal sucedida participação em Vila Real...
Em 1973, incorporou-se na equipa de velocidade da British Leyland de Portugal, sedeada no Norte na “sua” J.J. Gonçalves, tendo realizado exibições de monta quer ao volante do carro de Grupo 2, quer ao volante do Mini Cooper S MK3 de Grupo 1, onde rivalizou muitas vezes contra os mais modernos Datsun 1200 GX da equipa Schweepes.
Conseguiu mesmo o vice-campeonato no Turismo Especial, 2 pontos atrás do Datsun de Francisco Fino, depois de ter perdido a última prova (Rampa do Monte do Faro) para o piloto da Datsun por apenas 2 milésimas de segundo!
Em 1974 fez apenas uma prova e regressou em 1978 para guiar um dos novos 1275 GT da Ruão Automóveis, conseguindo (juntamente com o seu irmão Rui) aquilo que parecia impossível: dar luta e mesmo bater os Simca Rallye 3!
No entanto o acidente de Ruão em Vila do Conde acabaria de vez com este projecto da equipa de Paredes e seria também o fim da carreira de Gonçalves em Minis. Regressaria mais tarde, para participar (fazendo equipa com o irmão, filho e sobrinhos) nas provas de resistência da Publiracing ao volante de um Rover inscrito pelo seu concessionário, a JOP.
Para muitos, (entre os quais eu pessoalmente me incluo), a melhor performance de sempre de um piloto em Portugal ao volante de um Mini aconteceu no dia 8 de Julho de 1972, em Vila Real, quando, já de noite (a prova terminou às 22 horas…) e com chuva torrencial, Mário Gonçalves, com uma condução rápida e temerária, conseguiu, sabe-se lá como, na última volta da prova, andar à frente do Ford Capri RS do piloto espanhol Jaime Mesia.
Mário Gonçalves, capaz de um andamento fantástico, com um estilo inconfundível e um arrojo inigualável, uma Lenda da condução de Minis em Portugal…