26 de fevereiro de 2010

CIRCUITO DE VILA DO CONDE REVIVAL
22 DE MAIO DE 2010



Foi hoje oficialmente apresentado no Castelo em Vila do Conde, o "Circuito de Vila do Conde Revival", evento que está marcado para o dia 22 de Maio e que já tinhan sido avançado pelo SportMotores.com no início do mês.

Organizado pelo Club Racing, com Rui Sanhudo como mentor, este evento pretende ser uma espécie de "Track day" bastante ligeiro, com a presença de veículos emblemáticos do extinto traçado da "Princesa do Ave".

Serão seis grupos de viaturas presentes, com entre 30 a 35 viaturas a compôr cada grupo. O programa arranca ao início da tarde com os Clássicos normais, veículos de estrada sem qualquer preparação. O grupo seguinte será o de clássicos modernos, onde os organizadores pretendem juntar veículos com 20 ou 30 anos, mas que representem um passado desportivo importante. Por fim teremos os desportivos modernos, sendo esta uma oportunidade para ver Ferraris, Lamborghinis contemporâneos, entre outros.

A partir de meio da tarde entramos nos clássicos de competição. O primeiro grupo destes será composto por veículos clássicos de modelos iguais aos que correram em Vila do Conde. O segundo grupo será uma reunião do maior numero possível de fórmulas existentes em Portugal, dos Formula V aos Fórmula Ford dos 70's e 80's, passando pelos Fórmulça Novis e Fórmula BMW. Esta reunião dos monolugares será o "Memorial Luis Fernandes", numa homenagem ao piloto que em 1972 faleceu no circuito, quando caiu no seu fórmula ao Rio Ave. Este memorial contará com a presença do filho do malogrado piloto, e contará ainda com a presença de Carlos Diniz no seu Fórmula 1 histórico.

O grupo que encerrará o programa, será o dos verdadeiros históricos do Circuito de Vila do Conde. A organização pretende reunior neste grupo os veículos que correram em Vila do Conde. Estão já confirmados o Ferrari 275 GTB de Aquiles de Brito, o GRD de Ernesto Neves o Volvo 240 Turbo de António Rodrigues ou o Citroen AX GTI ex. Mário Silva e ex. Sande e Castro vencedor por 5 vezes na pista de Vila do Conde.

Está assim prometido o regresso do roncar dos motores a Vila do Conde, com Rui Sanhudo a fazer questão de salientar que pretendem apenas homenagear o Circuito de Vila do Conde, criando uma tarde diferente e nostálgica. Não é nossa intenção trazer as corridas de volta, este é um evento que não é competitivo." Na tarde do dia 22 de Agosto as ruas que compunham o Circuito de Vila do Conde estarão fechadas ao trânsito e devidamente equipadas para garantir a pista livre.



adaptado de www.sportmotores.com

24 de fevereiro de 2010

ANÚNCIOS CLASSIFICADOS

Estou a pensar em fazer algumas provas na próxima época. Nem sei ainda se vou correr em automóveis ou motos, se vou para os turismos ou me decido pelos monolugares. Enfim, o ideal para definir o que fazer será pegar num jornal e consultar os Anúncios Classificados…

Para muitos, a passagem pelas motos é uma boa maneira de iniciar uma carreira de piloto de automóveis. Que o digam Jonnhy Cecotto, John Surtees ou Mike Hailwood que deram cartas em ambas as modalidades. Em Portugal também andaram e se iniciaram pelas motos nomes como Manuel Santos, Francisco Sande e Castro, Hermano Sobral, Thomaz Mello Breyner, Jorge Petiz, Carlos Santos, Jorge Leite e muitos outros. No jornal que estou a consultar aparecem alguns bons exemplares de motorizadas de 50 e 80 cc. Não seria má ideia comprar uma Derbi Replica ou uma Kreidler Van Veen. Uma das Derbi é inclusive uma competição-cliente que Juan Pares March trouxe em 1973 ao Autódromo do Estoril. As Kreidler também devem ser muito boas pois são ambas de preparação Van Veen, isto é réplicas das que os holandeses Henk Van Kessel e Jan de Vries levaram a vários títulos mundiais.




Mas, se calhar, o ideal é esquecer as motos que são perigosas para pilotos inexperientes e pensar num monolugar, se calhar a melhor maneira de começar uma carreira que considero promissora. Uma boa hipótese e barata, é o bonito Fórmula V que aparece no anúncio. Como dizia o Jean Todt a propósito do belíssimo Sport-Protótipo Peugeot 905, um carro bonito é sempre competitivo. Mas será um dos velhos Palma ou Aurora? Ou será uma das transformações que foram surgindo: o Liege de Jorge Santos (um Aurora transformado em 1969), o Sequeira de João Vasco (um Palma-1972) ou o Galáxia de Maria do Céu (um Palma-1970)? Ou será que o Olympic ex. Nogueira Pinto, ex. António Borges, ex. José Manuel Peixoto, ex. Camilo Figueiredo e ex. Paulo Porto está de novo à venda?



Provavelmente vou é virar-me para o Merlyn MK 17 de Formula Ford que Mário Silva tem para vender. O carro tem história e é competitivo, pois foi preparado pelo Joaquim Nicodemos. Veio para Portugal em 1970 para Artur Passanha, tendo ganho Vila Real em 72. Depois passou para Mário Silva que o utilizou em provas de Fórmula Livre e algumas rampas. Lembram-se da disputa entre Silva e Santos Mendonça (1976) em que Silva fez o famoso repto a Mendonça para trocarem de carro? Era este. Mas se calhar os monolugares não me seduzem demasiado. O facto é que prefiro os carros de rodas tapadas.



O melhor talvez seja comprar um carro barato como o Fiat 127 que é bom para iniciação e competitivo na classe 1000, em Grupo 1. Então se foi preparado na Auto Grande Prémio (Arécio Cardoso) ou na Leiriauto (Cruz Monteiro) vai decerto envergonhar muitos Autobianchi Abarth. O carro está a ser vendido por Luís Pinto de Freitas. Porque será? Se calhar ele até vai deixar as competições e dedicar-se ao dirigismo federativo…



O Golf GTi com preparação Oettinger de José Luís, um carro muito competitivo entre os 1600 cc é uma boa escolha também, embora o preço (1600 contos) me pareça muito alto. Não nos podemos esquecer que esta é uma altura de crise. Se calhar seria melhor negócio ficar com o Triumph Dolomite Sprint de Jorge Tenreiro, pois custa apenas 780 contos, o que não é caro para um carro de Grupo Um e Meio, perdão Grupo Um e preparado pelo René Metge.




Outra boa opção, até porque o carro é muito bonito, é o Ford Capri III que José Gonçalves pôs à venda. Os 220 cavalos de Danny Snobeck se bem guiados podem fazer miséria entre os Commodore e Dolomite, mas 1780 contos é muito dinheiro…



Se me apetecer fazer Ralis então vou buscar o Opel Irmscher de Fernando Bernardes. É bom para Ralis e se quiser fazer velocidade também dá, embora isso hoje seja quase uma raridade e eu tenho medo de ficar mal visto entre os colegas, pois hoje em dia um piloto que faça velocidade e ralis com o mesmo carro é visto como uma Avis rara…



Porventura o melhor será comprar um Turismo Especial de Grupo 2, pois mesmo que um dia deixe as competições será sempre um bom carro para clássicos. Caramba e logo na mesma página está um anúncio de ambos os Alfa GTA da antiga equipa da Mocar! Um é o do Bacelar Moura, o outro do Fernandes Bello. O primeiro era o do Domingos e o segundo do Bernardo Sá Nogueira. Tenho a impressão que com a crise que está o João Anjos não vai vender o carro facilmente e se calhar o Bacelar ainda vai disputar um Troféu Nacional de Velocidade com ele e se calhar ganhar, mas nestes casos o ideal mesmo será fazer um bom seguro contra incêndio para o carro, não vá o diabo tecê-las…



Mas para lutar contra os Alfas da Autodelta, nada melhor que os seus arqui-rivais os Datsun do Entreposto! E aparece-nos o mesmo carro à venda por duas vezes. O 1200 Coupé que foi de Francisco Fino. Claro que o carro estando tantas vezes à venda não admira que tenha passado pelas mãos de António Onofre, Miguel Barata, Fernando Carneiro e muitos outros… mas é um carro competitivo e com história, um bom investimento de facto.




Mas eu que sempre gostei de minis, se calhar tenho é que seguir o caminho que dita o meu coração e ir para um Mini. E tenho dois bem bons para comprar: um deles é o Morris Cooper S (LG-49-46) de Francisco Romãozinho, um dos Morris que em 68 e 69 enchiam as grelhas das nossas provas, juntamente com os do Eng.º Heitor Morais, Bernardo Sá Nogueira, Paiva e Sousa. É um carro preparado na A.M. Almeida e decerto muito competitivo no Grupo 2. É bom para a Taça 1300, que tem cada vez mais pretendentes…



Um dos anúncios que me deixa mais surpreendido é o do outro Mini, o 1275 GT do Alberto Freitas. Caramba, não é que a gente toda pensava que o homem guardou o carro durante tantos anos porque lhe tinha um grande amor e o facto é que ele tentou despachá-lo em 1982! Mas pronto, ele quer vendê-lo e por isso vou falar com o Narciso, o preparador, a ver se vale o investimento, caramba sempre é o (GC-46-72), Campeão nacional de Agrupamento B1 em 1981.



Mas para o CPCC 1300 se calhar o ideal era optar por um Histórico 65 e para isso tenho o Seat 600 Abarth de Jaime Melo. Claro que o carro não é nenhum Seat, mas sim um Fiat Abarth 1000 Corsa original, agora denominado de Seat por motivos de homologação. De facto era um bom carro até para competir na Classe 1000 com o IMP do Veloso Amaral e com Datsun 1000 do Miguel Barata. Não poderia no entanto lutar contra o Abarth do Manuel Ferrão porque o carro é… o mesmo! Sim, é o Abarth que Melo trouxe de Angola e pertenceu ao grande piloto local Silveira Machado.



Outra boa máquina para provas de velocidade seria sem dúvida um BMW. Encontro logo um com preparação Schnitzer. Deve ser o que pertenceu ao Raul Esperto ou o outro igual, o do António José Oliveira. Se tem um motor com 220 cavalos, deve ser um de 8 válvulas, mas o preço de 190 contos parece-me demasiado barato para arriscar, porque como se diz, geralmente o barato sai caro…




E se eu comprasse o protótipo de Grupo 6 que está à venda na Garagem Aurora? De certeza que se trata do Aurora Porsche Spyder que o Eduardo construiu com os restos do carro que o Andrade Villar acidentou em Luanda. Robert Giannone fez boas provas com este carro entre 1975 e 77, mas um Carrera 6 cortado não é um verdadeiro Carrera 6 e eu sou um purista, por isso passo…



Outra boa surpresa neste jornal é o anúncio de venda do Porsche do Giannone! Preparação Almeras e motor 3.5 com 380 cavalos, uma transformação na versão A4, ou seja, o máximo que os irmãos Almeras faziam a este modelo do 911! Mas o Giannone também já disse que se não vender o carro vai tentar vencer em Vila Real e nos dois circuitos de Vila do Conde. Depois, como para o ano como acabam os Grupos 5, transforma-o em 911 SC para poder correr em Grupo 4 e posteriormente guarda-o uns anos, aí até 96, para chegar a altura de poder usa-lo nos clássicos. Depois coloca-o à venda numa revista inglesa e como os ingleses são conhecedores e ricos, despacha-o facilmente…



Pois deixei para o fim o carro de que realmente gosto! O Porsche Carrera 6 da Garagem Escape. O carro que Joaquim Filipe Nogueira conduziu em Vila Real 1969 e depois adquiriu a Nick Gold. Há no entanto alguns pormenores curiosos no anúncio: diz por exemplo que o carro é importado! Ora ainda bem que surge esta informação, senão podíamos pensar que havia Porsche Carrera 6 fabricados em Portugal e este seria um deles! Diz também que o carro está impecável. Ora um carro que praticamente não terminou uma prova desde que está nas mãos de Nogueira está impecável? Se calhar não vou arriscar. Espero mais um tempo e procuro noutra revista até porque podem aparecer melhores negócios.



Aliás quando telefonei para a Escape para saber pormenores, disseram-me que o Américo Nunes está interessado no carro e ele com a experiência que tem na preparação de Porsches decerto que põe aquilo a soprar bem e quem sabe ainda ganha em 1972 um título nacional na velocidade…

21 de fevereiro de 2010

CARTAS DO COUGAR

“ A TÁCTICA DE ALAN MANN”…

No Campeonato Europeu de Turismo de 1964, antes da última corrida a disputar em Monza, a classificação estava empatada entre o Morris Cooper S 970 oficial de Warwick Banks, o Lotus Cortina de John Whitmore (ex. piloto BMC da equipa de John Cooper) e o BMW 1800 TI de Hubert Hahne.
Alan Mann, o responsável pela equipa Ford, para tentar tirar pontos aos BMC na sua classe, tem a ousadia de inscrever um Ford Anglia 997 para Chris Craft, bem conhecido dos Portugueses devido às excelentes prestações que desenvolveu em Vila Real.



A Táctica apresentada nessa prova de Monza foi de génio e aventureiro. O Anglia tinha mais peso que o BMC Cooper S, menos 5 bhp na preparação que J. Young da Superspeed tinha elaborado no carro, mas tinha a certeza de um melhor coeficiente aerodinâmico que o Mini Cooper S.
Na corrida apresentou uma estratégia fora de série: O Lotus de Whitmore ia fazer de lebre para a vitória na geral e o segundo Lotus Cortina entregue ao experiente Henry Taylor ia levar “de boleia” o Anglia de Craft para aproveitar o cone de ar, ou seja o famoso “sliptstream”.
A verdade é que o Anglia funcionava como um “rocket” e já levava uma volta de avanço sob o Warwick Banks, isto tudo contra a revolta de Ken Tyrrel, então o responsável da equipe oficial da BMC no campeonato, que alegava que a estratégia usada era “ilegal e imoral”.



Tudo corria bem para A. Mann, apesar da desistência de “Sir” John Whitmore, o BMW tinha igualmente partido, quando, na última volta ao fim de 4 horas de corrida, o Ford Anglia de Chris Craft encosta na berma da pista com falta … de gasolina (!). Tendo feito uma volta mais que Banks, como não cortou a linha de
chegada, a vitoria na classe vai para o W. Banks, até merecida pela época que tinha realizado. Até John Young que liderava Banks no Anglia 1220 para ao ver Craft em problemas, perdendo assim o quarto lugar mas mesmo assim vencendo a classe dos 1300.
Feitas as contas, no final Warwick Banks é o campeão Europeu, e Whitmore mais o alemão H. Hahne têm de se contentar com a vitoria de Grupo, e Ken Tyrrell estava exuberante após 3 horas e 55 minutos de sofrimento e protesto…

Texto de Luis Sousa "Cougar"



para ver mais sobre esta prova:
http://homepage.mac.com/frank_de_jong/Races/1964%20Monza.html

19 de fevereiro de 2010

TEAM MINI EM 2003...

A época de 2010 está quase a começar, e para o apetite ir abrindo aos poucos, nada melhor do que recordarmos os primeiros tempos do Team Mini, vendo como era o carro em 2003...
"abas de Grupo 2, pneus Avon Radiais, jantes Minilite de 5 polegadas, volante Momo, os emblemas todos nos sítios, autocolantes publicitários mal concebidos, matrículas, mas muita vontade de participar..."








14 de fevereiro de 2010

CIRCUITO DA COSTA VERDE 1978

Foi nesta prova que aconteceu o grave acidente de António Ruão, na Curva da Praia Azul.
A luta era feroz entre as equipas "J.M. & Costa" e "Ruão Automóveis", até que ...



13 de fevereiro de 2010

GENTLEMAN DRIVERS CHANGING GEARS

Vai decorrer em Braga no próximo dia 13 de Março o 2º Gentleman Drivers Changing Gears, que, a exemplo do que aconteceu em 2009, se espera seja um evento com ampla participação e interesse.



No entanto, está na altura de fazermos as nossas inscrições, pois há grandes
despesas a prever (aluguer da pista, comissários, ambulância, reboque,
secretariado, cartazes, etc) e o CLUB RACING tem que ter um número mínimo de
inscritos até ao próximo dia 20 para não ter que pensar em anular o evento...

Qualquer dúvida deverá ser endereçada para o Rui Sanhudo no email clubracing@iol.pt ou com uma visita a
http://clubracing-pt.blogspot.com

11 de fevereiro de 2010

A ÉPOCA DE 2010 ESTÁ A APROXIMAR-SE...
E JÁ HÁ LOGOTIPO!

A primeira prova será o Circuito Braga I, nos dias 25 e 26 de Março!



AUTOR: RUI QUEIRÓS

9 de fevereiro de 2010

FC-37-00, UM MINI COM HISTÓRIA

Em 1969 foi utilizado por Manuel Frederico do Souto em várias provas, com alguns bons resultados, e foi ressuscitado em 1976 por Mário Silva, para uma bela exibição numa prova internacional do Estoril.


7 de fevereiro de 2010

MINIS NO DOMINGO DE MANHÃ

Nada melhor do que combinar com alguns amigos e ir tomar um café logo pela manhã de um Domingo.
E, melhor ainda, se levarmos os nossos Minis como companhia...










no Iate Clube, Marina de Viana do Castelo, dia 7 de Fevereiro de 2009.

3 de fevereiro de 2010

CLÁSSICOS NO ESTORIL

A passar por uma reportagem do Jornal Autosport de 1996, vi uma prova com muitos Minis que nos deixaram saudades, como o Morris Cooper S de Rui Costa, o 1275 GT de Fernando Soares (ex. Works), o Cooper S verde de João Paulo Theotónio Pereira, ou um belo Cooper S que Manuel Ferrão usou esporádicamente.
As legendas das fotos ajudam a perceber o fantástico ambiente que se vivia nos Clássicos dessa época...