26 de dezembro de 2011

CIRCUITO BRAGA 2
NOVEMBRO DE 2011

Depois dos problemas mecânicos sentidos no Circuito Braga 1 e no GP Histórico do Porto, estava ansioso pelo regresso às competições, embora a presença no Circuito Braga 2 (o 56º Circuito do CAM) fosse ela própria um ensaio ao Austin Cooper S após as reparações efectuadas pelo Sr. Cepeda.


Uma válvula de escape partida no Porto, fez com que furasse um pistão e ao mesmo tempo se atingisse a colaça, por isso foi necessária a aquisição de um novo pistão e a colaça foi enviado para Braga para a Rito, para que se refizesse a câmara de combustão e as sedes das válvulas. A caixa de velocidades por sua vez levou anilhas sincronizadoras.


Os treinos livres foram usados para rodar o motor, que só tinha trabalhado na oficina. Nos treinos cronometrados resolvi dar apenas 4 voltas, já que não valia pena estragar material, até porque as corridas prometiam ser “longas”…


No final obtive o 18º tempo entre 24 participantes, mas não fiquei desanimado, já que sabia perfeitamente que podia suplantar alguns dos que me precediam na grelha de partida. Os meus objectivos eram acabar as provas sem problemas e, se possível, ocupar posições de pódio na minha categoria, os Históricos de 1971.


Quando foi dada a partida para a 1ª corrida, que se disputou no Domingo de manhã, a pista ainda estava parcialmente molhada e por isso era necessário andar com todo o cuidado, já que um desvio da trajectória normal implicava uma perigosa passagem pela com água.


Saí com cuidado, e durante as 13 voltas da prova lutei com os Datsun 1200 do Frederico Castro e do João Rebelo Martins, e durante uma das últimas voltas cheguei mesmo a andar à frente do Mini Marcos do José Filipe Nogueira.


No final uma boa 13ª posição e o 3º lugar entre os H71.


A pista estava húmida e por isso o arrojo e capacidade de condução de Paulo Antunes tornavam o seu Fiat inacessível, mas na 2ª corrida, já disputada com piso seco, esperava suplantar o seu belo 128 e lutar pela 2ª posição na classe.


Dada a partida coloco-me a meio do pelotão e desta ultrapassei um pouco as rotações que fiz na 1ª corrida. Nas provas de Braga 1 e da Boavista, sempre que passava as 7.500 rotações as válvulas entortavam, por isso estava com medo de puxar, já que temia que voltasse a acontecer.


Felizmente o carro portou-se como um “relógio” e pude por isso apanhar e ultrapassar Paulo Antunes, ficando assim na 2ª posição entre os carros de 71.


Infelizmente e após uma travagem falhada, fui ultrapassado pelo João Rebelo Martins e perdi uma posição quase no final da prova, mas como estávamos a lutar por classes diferentes não me preocupei em recuperá-la. Gostei muito destas duas lutas com Rebelo Martins, com uma vitória e uma derrota, mas ambas disputadas com todo o “fair Play”. A classificação absoluta foi um bom 9º posto.


Assim se encerra uma época difícil, com alguns dissabores mecânicos, mas resultados razoáveis, como o 6º lugar absoluto na Boavista, o 3º lugar na ANPAC Classic Cup (H71) e 5 pódios em 6 corridas entre os H71.


Para que tudo fosse possível, tenho que salientar a competência do Sr. Joaquim Cepeda, que estava tão triste como eu com os problemas mecânicos e só descansou quando viu o carro a trabalhar normalmente nesta prova.


Outros amigos também deram a sua importante ajuda, como Duarte Peixoto, João Nuno e João Manuel Pires, António Pereira e a família Freixo. Sem esquecer o “apoio moral” de outros habitués como Rui e Luís Queirós, A.J. Leitão, Paulo Ramalho e Joca Craveiro.


Os patrocinadores foram peças imprescindíveis para que conseguisse realizar 3 jornadas duplas numa época de crise. Saliento os nomes da Aquaquímica, Glassdrive, SinAse, ComFio e Isoder, bem como os amigos da Delight, Ruic`s Design, Carlos Carneiro Publicidade, ou o Sr. Pereira do reboque e também a Topos & Clássicos que há vários anos me permite publicar estas habituais crónicas que envio no final de cada prova.


Para 2012, gostava muito de continuar a disputar provas de Clássicos, eu que sou, note-se, o único piloto a tê-lo feito todos os anos desde que se iniciou a Taça 1300, mas não será fácil, já que sou funcionário público e como tal, depois dos “cortes” de 2011, vou serem 2012 amputado dos subsídios de férias e Natal, o habitual “fôlego” financeiro para estas andanças extra-famíliares, já que os patrocínios em 2011 cobriram menos de 1/3 das despesas realizadas…


Mas, como o carro está OK e arrumado na garagem e pronto a usar, creio que poderão contar comigo numa prova ou outra. Tenho planos para isso!
Cumprimentos para todos
JMF

(fotos de Carlos Martins, João Raposo, Jorge Lobato, Nuno Organista, Pedro Ferreira e Rui Queirós)