AO VOLANTE – BRAGA RACING WEEKEND
Depois de um ano de
ausência resolvemos voltar às pistas no Braga Racing Weekend.
Desde 2014 que em quase
todas as provas havia percalços mecânicos, por vezes eram pequenos problemas
que nos impediam de terminar as provas, outras alturas eram mesmo avarias
graves que provocavam o desânimo em todos e despesas sucessivas.
Assim, resolvemos este
ano investir um pouco na reparação da mecânica do carro, tendo o trabalho de
torneiro e montagem sido realizado na Retimotors do Eng. Roque Sá. Aproveitamos
muito material já existente (bloco, pistões, bielas, árvore de cames, etc.), e
foi montado um novo motor, tendo no final sido realizado um teste no banco de potência,
que revelou possuirmos um motor de 1293 cc com uma boa potência e com uma gama
de utilização bastante favorável.
Com esta prova do
nacional de clássicos a ser deslocada do Estoril para Braga devido às obras de
asfaltagem do Estoril, achamos que era uma boa oportunidade para testar o carro
e assim preparar 2019 com maior confiança.
Tudo correu bem no
sábado de manhã, os treinos livres e cronometrados, e para a prova de sábado de
tarde o nosso principal objetivo era terminar, se possível com uma boa
classificação na classe Históricos 75 do campeonato 1300.
Na primeira corrida adotamos
um ritmo razoável e regular, nunca perdemos de vista os nossos adversários em
H75, e quando tudo parecia decidido, uma avaria do Midget do José Fafiães
largou óleo na pista obrigando à entrada do safety –car e à interrupção da
prova quando faltavam ainda mais de nove minutos para terminar.
Foi dada nova partida e
aí achei que tinha ainda hipóteses de ultrapassar o Datsun 120 Y do meu amigo
Fernando Charais e assim passar para o terceiro lugar da categoria.
Aproveitando alguns problemas de pneus do meu adversário assim o fiz,
terminando a prova na 16ª posição e terceiro entre os H75.
No dia seguinte partia
de um lugar mais agradável da grelha e o nosso objetivo era o de repetir o lugar
obtido no sábado. Dada a partida cometi um erro no final da recta da meta,
tendo sido passado por alguns adversários, mas mantive um andamento regular e
ia conseguindo suster os ataques do Fernando Charais. Quando faltavam menos de
oito minutos para terminar a prova, o Mini de Fernando Carneiro ficou avariado
num local achado perigoso, e por isso entrou em pista o safety-car, por azar, ficando
logo à frente do “Carocha” do José Castro, que estava com problemas mecânicos e
ia por mim ser dobrado. Deram-nos ordens para ultrapassar o safety-car e
rodamos duas ou três voltas assim, em fila indiana, devagar sem eu poder
ultrapassar o VW que pouco andava e tinha muito fumo no seu interior, mas estando
sempre atento à eventual passagem a bandeiras verdes.
A dada altura, ao
entrar na reta da meta, vejo que já não há bandeiras amarelas e uma bandeira
verde a ser agitada. Acelero para não ficar preso atrás do VW, pois não queria
que o meu adversário Charais embalasse e aproveitasse para me tirar o último
lugar do pódio. No entanto a prova terminou logo ali e as posições ficaram
definidas da forma como rolávamos atrás do safety-car. Terminei desta vez no
13º lugar da geral.
Foi por isso um
fim-de-semana ótimo, em que fui duas vezes ao pódio, em que estive rodeado de
amigos e em que tive muitas visitas ao paddock. Mas foi bom sobretudo o
comportamento do carro, que terminou as provas em estado impecável e está já
guardado para 2019, embora vá ainda ser exposto na Exponor.
Não queria terminar sem agradecer aos parceiros
que permitiram esta minha participação, pois sem a ajuda que me deram para
minimizar as despesas, teria sido impossível alinhar:
Clube Minho Clássico (Viana do
Castelo), St. James International Real Estate (imobiliária), Clínica Beco Com
Saída (tratamento de dependências), Media Rota (Seguros e Risco), LTA
(Laboratório de Tecnologia Automóvel), Escola de Condução Santa Luzia (Viana do
Castelo), Beanor.pt (acessórios auto), Encontro de Margens (transportes urgentes),
revista Topos & Clássicos, All 4 Mini (peças para Minis), Ruic´s Design e RetroClássicos
(óleos para clássicos) e Palimpsesto Editora.
Por fim e não menos importante,
gostava de agradecer à equipa de assistência, começando pelo Sr. Cepeda, responsável
pela preparação do carro, que me acompanha em provas desde 2005 e desta vez,
finalmente, pôde respirar um pouco num fim-de-semana de provas, e também o Luís
Miguel Martelo, que, desde que nos começou a ajudar na preparação do carro e na
assistência às provas foi sempre incansável, ajudando desde a parte mecânica
até à logística, e que foi sem dúvida uma peça-chave no nosso sucesso. Sem
esquecer o Pedro Silva (também conhecido como o Cigano de Cinfães…) que no
Domingo apareceu em Braga e logo arregaçou as mangas para ajudar a resolver um
problema que surgiu.
Para 2019, há que melhorar pequenos
pontos no carro, investir em pneus novos e arranjar apoios para fazer algo que
nunca se tenha feito. O CPV 1300 está a viver maus momentos, toda a gente o vê,
toda a gente se queixa, mas parece que não há ninguém que o queira resolver, nem
a própria FPAK, por isso há que pensar bem que quais provas fazer… mas, havendo
saúde e algum dinheiro, será seguramente algo … e diferente.
Cumprimentos para todos!
JMF