CIRCUITO DE BRAGA - 2019
O carro tinha sido testado na Vila Real “Parade” e estava com um bom desempenho.
Foi tudo montado com o máximo cuidado e foram feitas algumas alterações que pareciam acertadas, pois o carro não tinha bom comportamento a baixas rotações nas curvas lentas e por isso foi montada uma árvore de cames da Keith Calver que pega mais em baixo, não perdendo o rendimento em altas. Isto é, o mais adequado possível para andar em Braga, uma pista relativamente lenta.
O programa foi desta
vez condensado em apenas um dia. Parecia uma boa ideia mas não cumpriu os
propósitos da organização. Senão vejamos: tivemos que fazer as verificações na
sexta-feira até depois das 20 horas; o programa estava demasiado sobrecarregado
e terminou quase de noite; o preço de inscrição foi o mesmo das provas de dois
dias; tinha havido (sábado) um evento da BMW na pista e grande parte do paddock
estava ocupado.
Os treinos correram
bem e na primeira corrida estava a andar razoavelmente mas com cuidado, em luta
com o Porsche do Pedro Poças e o Lotus Cortina do José Balça, quando de
repente, à saída da última curva faço um pião e vejo uma mancha de óleo!
Coloquei o carro a direito e parei logo a seguir às boxes. O carro estava
completamente cheio de óleo e o fumo era muito. Não estava nada optimista. No
entanto o Luís Martelo e o Sr. Cepeda infiltraram-se no parque fechado, abrimos
o capô e o diagnóstico foi logo feito: fora o tubo do radiador do óleo que
tinha saído. Menos mau. Se se arranjasse óleo, limpava-se tudo e íamos à
segunda corrida. Pedi autorização para retirar imediatamente o carro do parque,
pois ainda havia tempo. Assim se fez, o Ricardo Pereira tinha óleo e o spray de
limpeza, pois o carro estava completamente “borrado” e era preciso limpar bem
as partes mais sensíveis, como os travões. Vários amigos “dos Minis” ajudaram e
à hora marcada lá saímos para o pit-lane, fomos para a grelha, arrancando da
última posição, claro. A ideia era a de ir com calma e chegar ao fim.
Andamos umas voltas a recuperar posições, estávamos seguros à frente do José Balça e do Cândido monteiro no Datsun, quando notamos que o carro estava a fazer mais barulho e a perder rendimento. Dei mais duas voltas e estava a pensar se parava ou não, quando, na recta da meta ouço “pum”… e há grande fumo no carro. Parei exactamente no mesmo sítio da primeira corrida, mas desta vez estava com medo que a coisa fosse pior.
O carro é levado novamente
no reboque, o condutor até era o mesmo, mas desta vez o luís Martelo olhou para
debaixo do capô e disse logo “tens o bloco partido”!
Viu-se depois que se
partiu uma biela, o bloco rachou, e danificou também a árvore de cames e a
cambota (que eram novas), bem com um dos pistões. Felizmente que se salvou a
cabeça e a caixa e os martelos de válvulas.
Enfim, aquele que iria ser um fim-de-semana de festa, com tantos amigos a apoiar na bancada e paddock, mas mais duas desistências, e o carro novamente para reparar. Desde 2014 tem sido sempre assim!
Mas estamos já a
tratar disso, há muito material de reserva para reabilitar, e em breve
estaremos de volta.
Estamos à espera de
saber como irão ser as coisas em 2020, para decidir em que provas participar,
mas contem connosco. Gostamos do CNC 1300 e acreditamos na ANPAC, pois sabemos
que têm feito um grande esforço pessoal … mas as coisas têm que melhorar muito
no próximo ano!
Um agradecimento especial ao Luis Miguel Martelo e ao Sr. Cepeda que tudo têm feito para que as coisas corram bem, e nestes momentos ficam tão ou mais tristes do que eu.
E também aos
patrocinadores e parceiros, pois sem eles esta participação não teria sido
possível.
Em 2020 lá estaremos!
JMF